RESENHA: Battle Royale

Título Original: Battle Royale
Autor: Koushun Takami
Ano: 1999
Editora: Globo Livros
Páginas: 664
ISBN: 978852505612
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  Para começar, tenho que destacar: Battle Royale não é uma cópia de Jogos Vorazes, da Suzanne Collins. Até por causa de que há uma diferença clara entre o livro de Takami e de Collins. A versão original do livro Battle Royale foi lançado na terra do sol nascente em 1999, e Jogos Vorazes sendo lançado em 2008. Seria mais fácil dizer que Collins teve uma inspiração nipônica...
    Agora esclarecidos, vamos falar sobre esse ótimo livro que vem cada vez mais angariando leitores em todo Brasil com essa linda edição da Globo Livros. Você poderia facilmente perder horas olhando e acariciando essa capa, além do belo mapa no verso da capa e mais alguns extras durante o livro. Ponto positivo, Globo Livros!
   Bem, falar sobre Battle Royale e não lembrar de Jogos Vorazes é impossível, já que a premissa básica é a mesma: jovens se matando para sobreviver. Mas posso dizer, e afirmar, que Battle Royale consegue justificar todos os porquês, te embalando em uma longa história fervorosa que te faz querer ler cada vez mais.
   Tudo começa quando os alunos de 15 a 16 anos estão sendo levados para um "passeio de verão". No meio da viagem, um gás é liberado no ônibus e todos desmaiam. Assim se começa o Programa...
    Após isso, uma luta visceral acontece entre os 42 alunos - 21 meninos e 21 meninas, para decidir quem será, por fim o grande vencedor. Que ganha a sua sobrevivência. Óooo...
    Parece que eu resumi o que é Battle Royale em três linhas, certo? ERRADO. A história envolve muito mais que luta pela permanência em vida. A todo momento há sentimentos e personalidades conflitantes, no qual os personagens se vêem em uma situação de que não sabe se confia ou não em seu colega de turma, porque, no final, somente um sairá vivo da ilha de Okishima. 
     Como tudo, no Programa também há regras. E, se descumpridas, causam a morte imediata por meio da coleira que todos os alunos do 9º B possuem. 
      A regra mais importante é que caso não morra qualquer aluno em um certo período, todas as coleiras explodem e -bum-, todos morrem.
    Além disso, os personagens também enfrentam os problemas com a falta de alimentação e recursos básicos. Todos terão que se virar para conseguir seus suprimentos ou contar com as suas habilidades para sobreviver ao ambiente hostil.
    Em Battle Royale não há protagonistas, apesar de que boa parte da história se passa ao redor de Shuya Nanahara, Shinji Mimura e Noriko Nakagawa. Eles, assim como todos, querem sobreviver, e para isso, irão arquitetar um plano para derrubar O Programa e conseguirem escapar da carnificina.
    Em minha humilde opinião, Takami simplesmente detona em seu livro (que também é um mangá). Ele passa ao leitor uma história incrível, com um enredo simples mas perfeitamente elaborado. Você enxerga claramente a crítica social que Takami coloca em cima de Battle Royale, além do possível resultado de toda essa ditadura. Tudo ocorre rapidamente, o que faz o leitor querer saber cada vez mais sobre o que realmente está acontecendo. Isto é simplesmente incrível!
    O único problema que notei em Battle Royale foi os personagens "descartáveis" da trama. É claro que com a bagatela de 42 personagens, uns ou outros ficariam deixados de lado. Mas de acordo com o progresso da história, você percebe que Takami simplesmente mata alguns personagens para almejar o triunfante final. Entretanto, isso não afeta grandemente a sua experiência com a leitura, mas alguns leitores mais rigorosos podem se sentir desconfortáveis com essa expurgação desnecessária.
    De qualquer forma, Battle Royale é um livro que vai lhe custar algumas noites em claro, mas que valem muito a pena. Você facilmente se vê preso no livro, prometendo a si mesmo só mais algumas páginas, mas todos sabemos que essa não é a verdade. 
     Encerrando, quero dizer a você que ainda ficou balanceado em relação ao livro: compre logo e vai tirar seu atraso, colega! Não sabe o que está perdendo.